Wednesday, September 06, 2006

Que Lentos Aprendizes!


Joseph C. Philpot (1802-1869)

"Jesus, porém, disse: Também vós não entendeis ainda?" — Mateus 15:16

Que lições são necessárias para, dia após dia, nos ensinar algo corretamente, e como para a maioria das pessoas as coisas são: "esse e depois esse, esse e depois esse — agora um pouquinho e então um pouquinho mais." Ó lentos aprendizes, estudantes lerdos e relapsos, que ignorantes, que cabeças-duras estúpidos, que alunos teimosos!

Certamente nenhum estudante na escola, seja velho ou jovem, pode aprender tão pouco das coisas naturais como nós vemos se aprender das coisas espirituais após tantos anos de instrução, tantos capítulos lidos, tantos sermões ouvidos, tantas orações feitas, tanta conversação religiosa.

Quão pequena, quão pífia é a soma do crescimento — comparado com tudo o que temos lido, ouvido e falado. Mas é misericórdia que o Senhor preserva aqueles que serão salvos — e que nós somos salvos pela livre graça — e somente pela livre graça!

Traduzido e enviado por: Márcio Santana Sobrinho

Thursday, July 13, 2006

Suicídio

Vincent,

Eu penso que uma pessoa que comete suicídio pode ser salva.
Você pensa que 1Coríntios 10:13 apresenta um problema para esta visão?

Obrigado,
Felipe Sabino


Suicídio é um ato muito perigoso. Primeiro, parece que é correto dizer que ele é equivalente ao assassinato, visto que envolve tirar uma vida que ninguém tem permissão moral de Deus para tirar. Segundo, para aquele que comete este ato, ele é ainda mais final do que assassinar outro alguém, visto que neste caso o assassino também é aquele que é assassinado. Não há nenhuma chance de se arrepender.

Dito isso, é possível que uma pessoa que se mate possa, todavia, ser salva. Eu penso que isso depende do porquê ela cometeu o suicídio. Ela é insana? Está sofrendo depressão extrema? Está sob algum tipo de pressão e pensa que o suicídio é a sua única opção? Alguns casos podem ser muito difíceis para um estranho julgar. Novamente, não há nenhuma chance de arrependimento. Se a pessoa é salva, é somente devido à graça de Deus e ao sangue expiatório de Cristo, que já pagou por todos os seus pecados.

Não, eu não penso que 1Coríntios 10:13 necessariamente contradiga esta visão. TODO e QUALQUER pecado é um pecado contra 1Coríntios 10:13. Isso simplesmente significa que nunca há uma escusa para o pecado, incluindo o suicídio. Mas nós ainda pecamos frequentemente, e recebemos o perdão por isso. Da mesma forma, isso poderia significar que o suicídio nunca é necessário, e é errado uma pessoa pensar que ele é a sua única opção. Mas novamente, nenhum pecado jamais é necessário, ou a única opção de uma pessoa.

Mesmo se concordarmos que uma que se mate possa ser salva, devemos insistir que este é um ato muito perigoso e arriscado, e fazer o máximo para advertir as pessoas contra ele. A melhor solução em longo prazo, certamente, não é esperar até que alguém chegue ao ponto de suicídio, mas a pessoa exercitar-se na fé e piedade diária, e obter a ajuda e encorajamento de uma comunidade cristã.

Vincent
http://www.rmiweb.org

Saturday, May 13, 2006

Aos "Reverendos"


A. W. Pink

Em nós mesmos nós somos pobres pecadores, criaturas falíveis, e diariamente temos motivos para ruborizar e curvar nossas cabeças envergonhados. Por isso pedimos respeitosamente que ninguém nos chame de "Reverendo ". Nenhum verme do pó merece tal título.

Saturday, May 06, 2006

Como é sua vida de oração?


Como é sua vida de oração?
Martyn Lloyd Jones


Qual o lugar da oração em sua vida? Que destaque ela tem em nossas vidas? Essa é uma pergunta que eu endereço a todos. Ela é tão necessária que deveria atingir tanto o homem que é bem versado na Escritura, e aquele que tem um conhecimento de sua doutrina e teologia, como deveria também atingir qualquer um outro. Que papel a oração desempenha em nossas vidas e quão essencial ela é para nós? Nós nos damos conta de que sem ela desfalecemos?

Nossa posição última como cristãos é testada pelo caráter de nossa vida de oração. Ela é mais importante do que conhecimento e entendimento. Não pense que eu estou diminuindo a importância do conhecimento. Eu gastei a maior parte da minha vida tentando mostrar a importância de ter um conhecimento da verdade e um entendimento dela. Isto é sumamente importante. Há somente uma coisa que é mais importante, e isso é a oração. O último teste de minha compreensão do ensino bíblico é a quantidade de tempo que eu gasto em oração. Como teologia é no fim das contas o conhecimento de Deus, quanto mais teologia eu aprendo, mais ela deve me dirigir a buscar conhecer a Deus. Não saber sobre Ele, mas conhecer a Ele. O objeto completo da salvação é me levar a um conhecimento de Deus. Eu posso falar de forma eloqüente sobre regeneração, mas o que é a vida eterna? É que eles conheçam a Ti, o único Deus verdadeiro, por meio de Jesus Cristo, a quem enviaste. Se todo o meu conhecimento não me conduz à oração há algo errado em algum lugar. É o que isto significa. O valor do conhecimento é que ele me dá uma tal compreensão do valor da oração, que eu dedico tempo à oração e me deleito em oração. Se ele não produz estes resultados em minha vida, há alguma coisa errada e espúria nele, ou o estou usando de uma maneira errada.

Traduzido e enviado por: Márcio Santana Sobrinho
Original:
http://www.reformationtheology.com/2006/04/hows_your_prayer_life_by_dr_ma.php

Friday, May 05, 2006

UMA NOVA REFORMA


UMA NOVA REFORMA
por James Montgomery Boice

Eu gostaria de ver o início de uma nova Reforma em nossos dias, e espero que você também queira vê-la e esteja orando por ela. Espero que você fique nauseado com o espalhafatoso entretenimento que aparenta ser verdadeira adoração a Deus em muitas de nossas igrejas e, como os santos do passado, almeje por mais das profundas verdades da inerrante Palavra de Deus. Nós certamente precisamos de uma reforma.

O assunto mais sério a ser encarado pela igreja hoje não é a inerrância das Escrituras mas sua suficiência. Cremos que Deus nos deu o que precisamos neste livro? Ou supomos que é preciso complementar a Bíblia com algo humano? Precisamos de técnicas sociológicas para fazer evangelismo, psicologia pop ou psiquiatria pop para o crescimento cristão, sinais extra-bíblicos ou milagres para orientação, ou ferramentas políticas para alcançar progresso social e reforma? É possível crer que a Bíblia é a inerrante Palavra de Deus, a única regra infalível de fé e prática, e ainda negligenciar isto e efetivamente repudiá-la só porque pensamos que ela não é suficiente para as tarefas de hoje e que outras coisas precisam ser trazidas para realizar o que precisa ser feito. É exatamente isto o que muitos evangélicos e igrejas evangélicas têm feito hoje.

Traduzido e enviado por: Márcio Santana Sobrinho

Original:
http://www.reformationtheology.com/2006/05/a_new_reformation_by_dr_james.php

Thursday, February 16, 2006

A Essência da Obra de Cristo

por John Piper

O que vimos nessa última semana com as demonstrações islâmicas referentes aos desenhos dinamarqueses de Muhammad, foi outro exemplo vívido da diferença entre Muhammad e Cristo e o que significa seguir cada um. Nem todos os muçulmanos aprovam a violência. Mas uma lição profunda permanece: o trabalho e vida de Muhammad é baseado em ser honrado e o trabalho e vida de Cristo em ser insultado. Isso produz duas reações muito diferentes à zombaria.Se Cristo não tivesse sido insultado, não haveria salvação. Esse foi seu propósito salvífico: ser insultado e morrer para resgatar pecadores da ira de Deus. Já nos Salmos o caminho de zombaria e deboche era prometido: Todos os que me vêem zombam de mim, arreganham os beiços e meneiam a cabeça' (Salmo 22:7). "Era desprezado, e rejeitado dos homens..., como um de quem os homens escondiam o rosto, era desprezado, e não fizemos dele caso algum" (Isaias 53:3).

Quando realmente ocorreu, foi pior do que o esperado."E, despindo-o, vestiram-lhe um manto escarlate; e tecendo uma coroa de espinhos, puseram-lha na cabeça, e na mão direita uma cana, e ajoelhando-se diante dele, o escarneciam, dizendo: Salve, rei dos judeus! E, cuspindo nele, tiraram-lhe a cana, e davam-lhe com ela na cabeça." (Mateus 27:28-30). Sua resposta a tudo isso foi submeter-se pacientemente. Esse é o objetivo da vinda de Cristo. " Ele foi oprimido e afligido, mas não abriu a boca; como um cordeiro que é levado ao matadouro, e como a ovelha que é muda perante os seus tosquiadores, assim ele não abriu a boca." (Isaias 53:7).

Isso não pode ser dito sobre Muhammad. E os muçulmanos não acreditam ser verdade sobre Cristo. A maioria dos muçulmanos foram ensinados que Jesus não foi crucificado. Um muçulmano Sunita escreve, "Muçulmanos acreditam que Allah salvou o Messias da ignomínia da crucificação." (Badru D. Kateregga e David W. Shenk, Islam and Christianity: A Muslim and a Christian in Dialogue (Nairobi: Usima Press, 1980), p. 141.). Outro acrescenta, "Nós honramos [Jesus] mais do que vocês [Cristãos]... Nos recusamos a acreditar que Deus permitiria que ele morresse na cruz." (Citado de The Muslim World in J. Dudley Woodberry, editor, Muslims and Christians on the Emmaus Road (Monrovia, CA: MARC, 1989), p. 164.) Um impulso essencial do muçulmano é evitar a '"ignomínia'"da cruz.

Essa é a mais básica diferença entre Cristo e Muhammad e entre um muçulmano e um seguidor de Cristo. Para Cristo, aguentar a zombaria da cruz era a essência de sua missão. E para um verdadeiro seguidor de Cristo, aguentar sofrimento pacientemente para a glória de Cristo é a essência da obediência. "Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguiram e, mentindo, disserem todo mal contra vós por minha causa." (Mateus 5:11). Durante sua vida Jesus foir chamado de bastardo (João 8:41), bebado (Mateus 11:19), blasfemador (Mateus 26:65), um diabo (Mateus 10:25); e prometeu o mesmo para os seus seguidores: "Se chamaram Belzebu ao dono da casa, quanto mais aos seus domésticos?" (Mateus 10:25).

A caricatura e zombaria de Cristo continua até o dia de hoje. Martin Scorcese interpretou Jesus na Última Tentação de Cristo como um ser remoído por dúvidas e atormentado por luxúria e desejo sexual. Andres Serrano foi financiado pelo National Endownment for the Arts para interpretar Jesus na cruz imerso em urina. O Código da Vinci mostra Jesus como um mero mortal que casou e teve filhos.

Qual deveria ser a resposta de seus seguidores? De um lado, estamos chateados e bravos. Do outro, podemos nos identificar com Cristo, abraçar seu sofrimento, nos regozijar nas aflições e dizer como o apóstolo Paulo que a vingança pertence ao Senhor, amemos nossos inimigos e os conquistemos com o evangelho. Se Cristo cumpriu sua função sendo insultado, devemos fazer a nossa parte da mesma maneira.

Quando Muhammad foi retratado em doze desenhos no jornal Dinamarquês Jyllans-Posten, a revolta no mundo islâmico foi intensa e as vezes violenta. Bandeiras foram queimadas, embaixadas decimadas e pelo menos uma igreja Evangélica foi apedrejada. Os desenhistas se esconderam pois temiam por sua vida, como Salman Rushdie antes deles. O que isso significa?
Significa que uma religião sem Salvador insultado não aguentará os insultos para conquistar aqueles que a zombam. Significa que uma religião é destinada a cumprir a impossível tarefa de manter a honra de alguem que não morreu e ressuscitou para tornar isso possível. Significa que Jesus Cristo é a única esperança para obtenção de paz com Deus e paz com os homens. E significa que seus seguidores devem estar dispostos a compartilhar nos seus sofrimentos, se tornando como ele em sua morte (Filipenses 3:10).

Texto traduzido e enviado por Daniel Portela.

Thursday, February 09, 2006

Calvinistas não são evangelistas?

por Scott Hill

“As antigas verdades que Calvino, Agostinho e o apóstolo Paulo pregaram é a verdade que eu também devo pregar hoje; do contrário deixaria de ser fiel è minha consciência e ao meu Deus. Não posso remodelar a verdade; desconheço tal coisa como lapidar uma doutrina bíblica. O evangelho de John Knox é o meu evangelho. Aquilo que trovejou por toda a Escócia precisa trovejar novamente por toda a Inglaterra”.

Calvinismo promove o fatalismo! Calvinismo joga fora o livre-arbítrio! Calvinistas não são evangelistas! Estas são algumas acusações lançadas pela oposição ao Calvinismo. Eu sou da opinião de que a maioria destes oponentes não conseguem explicar suas próprias crenças soteriológicas e muito menos uní-las num argumento coerente contra o Calvinismo. Eu já ouvi muitos deles dizerem: “Eu não sou nem Calvinista nem Arminiano. Eu sou alguma coisa no meio”. Eu proponho que a turma “no meio” não tenha idéia do que eles estão dizendo... historicamente falando. Mas isto é outro assunto.

Os Calvinistas não são evangelistas? Eu tenho visto esta acusação lançada por aí como uma boa de “spirobol” como a razão por que alguém deveria ser contra o Calvinismo. “Qualquer sistema que não promova o evangelismo é anti-biblico”. Bem, eu não acredito que este seja um resumo justo do Calvinismo ou calvinistas através da história ou na blogosfera. O Arminianismo pode promover evangelismo, mas eu acredito que faz isso por motivos antropocêntricos, não teocêntricos.

B.B. Warfied disse: “O calvinista, em uma palavra, é o homem que vê Deus. Ele tem vislumbrado a inefável Visão, e ele não deixará ela desvanescer de seus olhos por um momento – Deus na natureza, Deus na história, Deus na graça. Em todo lugar ele vê Deus em Seu poderoso caminhar, em todo lugar, ele sente o trabalho de Sua poderosa mão, a pulsação de Seu poderoso coração... Calvinismo é apenas Cristianismo. O sobrenaturalismo em que o Calvinismo permanece é a própria respiração nos pulmões do Cristianismo, sem isto o Cristianismo não pode existir... o Calvinismo, portanto, levanta-se aos nossos olhos como nada mais ou nada menos que a esperança do mundo”.

John Knox foi ordenado como sacerdote católico entre 1530 e 1540. Ele foi convertido a Cristo depois que encontrou dois cristãos crentes na Bíblia, Wishart e Beacon. Ele foi à Inglaterra e pregou a Bíblia até a região de Maria Sanguinária, durante o tempo em que viveu em Frankfort, Alemanha. Lá ele esteve sob a influência de Calvino. Ele retornou à Escócia depois de muitos anos em Genebra, e começou a pregar contrar a Igreja Papista. Ele pregou condenação e inferno para a Rainha Maria, da Escócia, e também à Maria Sanguinária, rainha da Inglaterra. Dele é dito: “aqui está alguém que nunca temeu a face do homem”. Em sua época, John Knox escreveu uma das maiores obras sobre a doutrina da predestinação que temos impressas hoje.

George Whitefield, o evangelista europeu, começou a pregar em encontros ao ar livre com uma quantidade tremenda de convertidos. Alguns estimam que George Whitefield pregou para seis milhões de pessoas durante sua vida, quando não havia televisão ou rádio. Quaisquer que sejam os méritos destas estimativas, está claro que Whitefield era um pregador efetivo e uma figura significante em espalhar o Evangelho de Jesus Cristo.

Jonathan Edwards, o grande pregador puritano e, em minha opinião, o maior teólogo desde o fechamento do cânon, foi frequentemente acusado de ser muito duro em sua pregação evangelística para crianças sobre pecado e inferno. Em 1741, Edwards pregou “Pecadores nas mãos de um Deus irado”, que iniciou “O Grande Avivamento na América do Norte”.

William Carey, conhecido como o pai das missões modernas, envolveu-se com uma associação local de Batistas Particulares, que tinha sido formada recentemente, e onde ele aproximou-se de homens como John Ruland, John Sutcliff e Andrew Fuller, que se tornariam seus amigos íntimos nos anos seguintes. William Carey foi batizado por Ryland e comprometeu-se com a denomincação batista. Mais tarde, ele foi à Índia como uma missionário, após ler o livro de Edwards sobre a vida de David Brainerd. Carey fundou a Sociedade Batista Particular para Propagação do Evangelho entre os Gentios (agora, Sociedade Batista Missionária) em outubro de 1791, incluindo Carey, Fuller, Ryland e Sutcliff como membros fundadores. Uma das missões Carey iniciou na Índia, imprimindo e distribuindo a Bíblia inteira ou em parte para 44 línguas e dialetos.

Charles Spurgeon, o Príncipe dos Pregadores, pregou para audiências maiores que 10.000 na idade de 22 anos. Ele pregou o que mais tarde seria uma das maiores séries sobre Ganhar Almas já produzidas. “As antigas verdades que Calvino, Agostinho e o apóstolo Paulo pregaram é a verdade que eu também devo pregar hoje; do contrário deixaria de ser fiel è minha consciência e ao meu Deus. Não posso remodelar a verdade; desconheço tal coisa como lapidar uma doutrina bíblica. O evangelho de John Knox é o meu evangelho. Aquilo que trovejou por toda a Escócia precisa trovejar novamente por toda a Inglaterra”.

Todos estes homens viraram o mundo de cabeça para baixo por Cristo. Todos eles eram calvinistas de 5 pontos. Eu conheço muitos calvinistas. Eu não imaginar que o objetivo primário de qualquer um deles é algo diferente de pregar o Evangelho e discipular os convertidos (Mateus 28:18-20). Eles todos apoiam missões locais e globais, incluindo a IMB. Eu estou certo que em algum lugar em algum lugar neste vasto mundo em que vivemos existe um pequeno gueto de “calvinistas” fatalistas (eu uso o termo “calvinista” de forma despreocupada aqui) com a atitude de “Deus os salvará se Ele quiser salvá-los”, mas isto não é o verdadeiro Calvinismo. Então, tenho uma proposta. Alguém, a partir de agora, que pretende fazer a acusação de que Calvinismo/calvinistas não é evangelístico precisa provar isto, porque pelo que posso ver, eles estão redondamente enganados. Assim, deixe-me terminar com algumas palavras de alerta tiradas deste artigo do Founder.org. Preste muita atenção no número 5.


Palavras de advertência

1. Não é sábio fazer comentários negativos sobre o que está na Bíblia, quer você entenda ou não.

2. Não é sábio rejeitar o que a Bíblia ensina sobre qualquer assunto, especialmente se você não estudou o que a Bíblia tem a dizer sobre isto.

3. Não é sábio fazer comentários de uma doutrina um hobby. Sendo esta doutrina de vital importância, ela não dever separada de toda a verdade cristã.

4. Não é sábio rejeitar qualquer doutrina porque ela foi abusada, mal-usada ou confundida. Todas as doutrinas-chave foram pervertidas ou abusadas.

5. Não é sábio tentar entender o que o Calvinismo é daqueles que não são calvinistas.


Texto traduzido e enviado por Josaías Jr.

Ser Humilhado: A Essência da obra de Cristo, não de Maomé

por

John Piper

O que nós vimos na semana passada nas demonstrações islâmicas contra as charges dinamarquesas de Maomé foi outra vívida representação da diferença entre Maomé e Cristo, e o que significa seguir um deles. Nem todos os mulçumanos aprovam a violência. Mas uma lição profunda fica: A obra de Maomé é baseada em ser honrado, e a obra de Cristo é baseada em ser insultado. Isto produz duas reações muito diferentes à humilhação.

Se Cristo não tivesse sido insultado, não haveria salvação. Este foi sua obra salvífica: ser insultado e morrer para resgatar pecadores da ira de Deus. Já em Salmos o caminho da humilhação foi prometido: “Todos os que me vêem zombam de mim, arreganham os beiços e meneiam a cabeça” (Salmo 22:7). “Era desprezado, e rejeitado dos homens... como um de quem os homens escondiam o rosto... e não fizemos dele caso algum (Isaías 53:3).

Quando realmente aconteceu foi pior que o esperado. “E, despindo-o, vestiram-lhe um manto escarlate; e tecendo uma coroa de espinhos, puseram-lha na cabeça... e ajoelhando-se diante dele, o escarneciam, dizendo: Salve, rei dos judeus!” (Mateus 27:28-30). Sua resposta para tudo isso foi uma resistência paciente. Esta foi a obra para que ele veio. “Como um cordeiro que é levado ao matadouro, e como a ovelha que é muda perante os seus tosquiadores, assim ele não abriu a boca” (Isaías 53:7).

Isto não é verdadeiro para Maomé. E os mulçumanos não acreditam que seja verdadeiro para Jesus. Muitos mulçumanos têm aprendido que Jesus não foi crucificado. Um mulçumano sunita escreve: “Mulçumanos acreditam que Alá salvou o Messias da ignomínia da crucificação”(1). Outro adiciona: “Nós honramos [Jesus] mais que vocês [cristãos] fazem... nós nos recusamos a acreditar que Deus permitiria que ele sofresse a morte na cruz” (2). Um impulso mulçumano essencial é negar a “ignomínia” da cruz.

Esta é a diferença mais básica entre Cristo e Maomé, e entre um mulçumano e um seguidor de Cristo. Para Cristo, suportar a humilhação da cruz foi a essência de sua missão. E para um verdadeiro seguidor de Cristo, suportar sofrimentos pacientemente para a glória de Cristo é a essência da obediência. “Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguiram e, mentindo, disserem todo mal contra vós por minha causa.” (Mateus 5:11). Durante sua vida na terra, Jesus foi chamado de bastardo (João 8:41), de bêbado (Mateus 11:19), blasfemador (Mateus 26:65), demônio (Mateus 10:25); e ele prometeu aos seus seguidores o mesmo: “Basta ao discípulo ser como seu mestre, e ao servo como seu senhor. Se chamaram Belzebu ao pai de família, quanto mais aos seus domésticos?” (Mateus 10:25).

A caricatura e a humilhação de Cristo tem continuado até estes dias. Martin Scorsese retratou Jesus em A Última Tentação de Cristo como destruído pela dúvida e molestado por desejo sexual. Andres Serrano foi financiado pelo National Endowment for the Arts para retratar Jesus numa cruz mergulhado numa garrafa de urina. O Código DaVinci retrata Jesus como um simples mortal que se casou e teve filhos.

Como seus seguidores deveriam responder? Por um lado estamos entristecidos e indignados. Por outro, nos identificamos com Cristo, e abraçamos seu sofrimento, nos alegramos em nossas aflições, e dizemos com o Apóstolo Paulo que a vingança pertence ao Senhor, vamos amar nossos inimigos e vencê-los com o Evangelho. Se Cristo fez sua obra de ser insultado, nós devemos fazer a nossa da mesma forma.

Quando Maomé foi retratado em doze charges no jornal dinamarquês Jyllands-Posten, a comoção por todo o mundo mulçumano foi intensa e algumas vezes violenta. Bandeiras foram queimadas, embaixadas foram incendiadas e pelo menos uma igreja cristã foi derrubada. Os cartunistas esconderam-se temendo por suas vidas, como Salman Rushdie fez antes deles. O que isto significa?

Significa que a religião sem nenhum Salvador insultado não suportará insultos para vencer seus carrascos. Significa que esta religião está destinada a carregar a impossível tarefa de defender a honra daquele que não morreu e ressuscitou para tornar isto possível. Significa que Jesus Cristo é ainda a única esperança de paz com Deus e paz com o homem. E significa que seus seguidores devem estar desejosos de ter “participação dos seus sofrimentos, conformando-se a ele na sua morte” (Filipenses 3:10)

Notas

[1] - Badru D. Kateregga e David W. Shenk, Islam and Christianity: A Muslim and a Christian in Dialogue (Nairobi: Usima Press, 1980), p. 141.

[2] - Citado de The Muslim World em J. Dudley Woodberry, editor, Muslims and Christians on the Emmaus Road (Monrovia, CA: MARC, 1989), p. 164.

Texto traduzido e enviado por Josaías Jr.

Wednesday, February 08, 2006

Apenas pensando alto...

por James Spurgeon

Por que nós sempre reagimos chocados quando incrédulos agem como incrédulos?

Eu recebi hoje um e-mail encaminhado sobre o próximo episódio de Will and Grace em que um personagem vivido por Britney Spears supostamente ridiculariza a crucificação. Toda vez que vejo a comunidade cristã armar-se contra algo do tipo, coço minha cabeça e pergunto – o que eles esperam de incrédulos?

Eu nunca me surpreendi ao ouvir um cachorro latir. Nem freqüentemente me choca ver um pássaro voar. Nem me dá um chilique quando peixes nadam. Por que eu deveria me chocar quando incrédulos expressam sua incredulidade? Por que nós deveríamos estar estupefatos ao perceber que pecadores ridicularizam Deus? Nós sabemos o que eles são, não sabemos?

Não me entenda mal, não estou dizendo que deveríamos fechar os olhos para o pecado. Nem estou dizendo que devemos bocejar com uma blasfêmia. Estou apenas questionando por que ficamos surpresos quando isto acontece.

Mas tem mais. Acompanhando este e-mail encaminhado havia ainda outro pedido de abaixo-assinado. Iremos bombardear a NBC para não exibir o programa.

Na época em que os Batistas do Sul estavam boicotando a Disney, apesar de não ser um batista do sul, eu dei alguma consideração. Eu li os pequenos panfletos sobre o que as pessoas faziam por aí. Eu pensei sobre isto e conhecia as pessoas que estavam realizando isto. Então me ocorreu que a Disney é dona da ABC, que é dona da ESPN... e todos os meus pensamentos de boicote foram-se pela janela.

Mas, falando sério, pense comigo por um minuto. O que esta campanha de abaixo-assinado planeja fazer? Ela planeja levar a NBC a fazer a coisa certa e não exibir este programa, certo?

Isto me leva a minha próxima questão. Por que nós esperamos que os não-regenerados ajam como regenerados? Vamos dizer que a NBC repense e não exiba o programa. O que nós conseguimos? Alguns talvez diriam que temos feito nossa parte como sal e luz para ajudar a limpar a sociedade e fazê-la melhor. Nós fizemos a sociedade refletir nosso valores – os valores morais de Deus. Tudo muito bom, eu suponho. Mas Deus está interessado em hipócritas morais?

Honestamente, se nós impormos reformas morais sobre toda a sociedade, se ganharmos a guerra cultural e forçarmos todos de nossa cultura a se conformar a convenções e valores cristãos, então não conseguimos nada para o Reino – nada mesmo. Nós somente fomos bem sucedidos em fazer a sociedade hipócrita.

Hipócritas ainda vão para o inferno. Hipócritas não glorificam a Deus com suas vidas, somente com seus julgamentos. Valores morais nunca salvaram nenhum pecador.

Irmãos, não fomos chamados para limpar o homem natural e sua sociedade, e torná-la mais apresentável e agradável. Fomos chamados para proclamar o Evangelho. Nossa cultura não pode e não será transformada à imagem de Cristo para a glória de Deus de outra forma.

Sociedade e cultura sempre refletem os corações dos indíviduos dentro desta sociedade e cultura. Quer fazer nossa cultura cristã novamente? Proclame o Evangelho. Mantenha sua pureza. Faça-o central.

Ei, aqui está uma idéia diferente. Ao invés de enviar ao presidente da NBC uma carta protestando contra este episódio de Will and Grace, envie a ele uma carta que reflita o amor de Cristo pelos pecadores, e explique o Evangelho do Cristo crucificado e suas exigências. Envie a todos na NBC enquanto puder.

Pecadores não podem ser reformados, eles devem ser re-generados. Portanto, a sociedade não pode ser reformada, deve ser re-generada, um pecador de cada vez.

Vamos parar este protesto doentio e começar a proclamar ao invés disso.

Romanos 1:16 (ARC): Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê; primeiro do judeu, e também do grego.

Texto traduzido e enviado por Josaías Jr.

Piper sobre a indignação mulçumana a respeito das charges de Maomé

John Piper escreveu:

Estou perdendo algo, ou existe um silêncio incomum na "blogosfera" a respeito da indignação mulçumana sobre as charges de Maomé? Para mim, essa indignação chama a atenção pela observação de que, quando artistas colocam o crucifixo em um frasco de urina [1], cristãos ficam desapontados e irados, mas nenhum deles planejou matar ninguém. Nosso desejo é converter os blasfemos com as Boas Novas da morte e ressurreição de Cristo, não matá-los. Nossa fé é baseada em Alguém que foi humilhado não apenas em charges, mas na realidade, e aceitou isto pacientemente pela salvação de cartunistas. Estes conflitos estão repletos de indiretas a respeito da gloriosa diferença entre Cristo e Maomé, e entre o caminho de Cristo e o caminho do Islã. E a timidez da imprensa ao redor do mundo e do governo dos EUA é sinistra por causa do medo que temos do Islamismo – não somente do Islamismo extremista. Eu não respeito os ensinamentos do Islã que quando seguidos devotamente levam à destruição. Assim, tenho ponderado sobre o que me levará primeiro – o Islamismo, Tio Sam ou o câncer. Não importa, toda autoridade pertence a Jesus. Eu só quero trazer testemunhas confiantes à seu glorioso Evangelho da paz afinal.


[1] Piper refere-se a um trabalho do fotógrafo Andres Serrano, que mostra exatamente isto.

Texto traduzido e enviado por Josaías Jr.